2.12.07
Arturos: identidade diaspórica, uma montagem de fragmentos
"A vivência do sagrado representou para a história dos negros em diáspora um forte indicativo de resistência e sobrevivência cultural. Foi por meio do jogo, possibilitado pelo culto religioso prestado às divindades das duas tradições religiosas, que o negro pôde reviver seu ethos africano, evocando suas memórias, incluindo rituais como a coroação de reis e rainhas, e usando seus instrumentos de percussão na execução de suas músicas e danças. A história da comunidade dos Arturos em Contagem, Minas Gerais, está relacionada ao período colonial, responsável pelos anos de escravidão no Brasil, como também, está vinculada à crença no sentimento de pertença que permanece na comunidade. Nesse contexto, a leitura das imagens visuais da série intitulada Arturos (1994), do fotógrafo Eustáquio Neves, permitirá interpretar as (re)elaborações sobre esses encontros e as implicações que envolveram essas culturas, a partir da experiência da diáspora." Leia o texto na íntegra aqui.
O artigo de Caroline Sant'Ana através da descrição e interpretação das fotomontagens do artista e fotógrafo Eustáquio Neves apresenta a comunidade dos Arturos e sua expressão fundamental de identidade representada no Congado que ocorre na festa de Nossa Senhora da Aparecida do Rosário. Indicando como o processo do sincretismo permitiu ao negro recriar mitos e vínculos originários para novamente criar uma representação de identidade então afro-brasileira ou sob termos diaspóricos, afrodescendente.
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