No protesto negro antirracista, negros e brancos protestam juntos!
Protesto antiracista no Shopping Higienòpolis (SP) em fevereiro de 2012
A última década, é a do início do século XXI e nestes anos as formas de protesto negro vem se diversificando e assumido uma expressão mais próxima dos direitos civis do que de luta de classes. Isto contudo, não desqualifica estas novas formas de luta de uma perspectiva anticapitalista (a origem do mal!). Porém, apontam para as questões mais imediatas do dia a dia, das relações de consumo, das relações interraciais e da política de cotas que significam educação, trabalho e consumo, já!
Protesto em 2011 da Educafro por cotas para modelos negros nas passarelas das Semanas de Moda
Os novos protesto tem assim, cada vez mais, alvos específicos como os espaços públicos-privados: restaurantes, shopping centers, supermercados, agências bancárias e desfiles de moda. Recentemente tivemos diversos protestos dos estudantes do Educafro contra a falta de modelos negras nas passarelas de moda, o caso de uma criança negra estrangeira retirada do restaurante do Restaurante Nonno Paolo e agora no Shopping Higienópolis ambos em São Paulo entre outros. Anteriores a esses já houveram protestos semelhantes em Shoppings, Supermercados e Bancos também em Salvador e no Rio de Janeiro. Estas novas formas de protesto atendem aos novos códigos de comunicação cada vez mais espetaculares, mercadológicos e midiáticos. A esses novos protestos podem ser ainda agrupados os feitos contra políticas de governo, à falta delas ou para o seu cumprimento. Este reconhecimento deve ser estratégico e positivo já que é o que repercute dos setores sociais negros mais bem in-formados e de perfil de classe média urbana. Estes jovens que já não pretendem esperar que o ensino público de qualidade seja universal, que o trabalho deixe de considerar os requisitos de exclusão ou que por fim a sociedade fique liberta do capitalismo.
A hora é já!
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