23.7.07

Por que precisamos cuidar de nossos heróis?


O Ministro e artista Gilberto Gil sempre pareceu competente em lidar com a mídia como demonstra sua trajetória artística e política que hoje culmina numa posição privilegiada e única de visibilidade e equilíbrio entre sua função pública e vida privada.
Seu atual trabalho artístico Banda Larga demonstra sua fina sintonia entre mídia e a tecnologia e o mantém na vanguarda artística e política irradiando sobre seus admiradores (e potenciais eleitores) fachos de energias positivas e vibrantes.
Por tudo isso, causa estranheza o fato de Gilberto Gil ‘estrelar’ uma campanha publicitária do Banco Itaú no momento que pesa contra este banco uma ação movida pela família de um cliente negro assassinado nas dependências de uma agência por um agente de segurança e motivo fútil.
Menos do que omissão de sua assessoria é possível alguma outra falha, mas, mais significativo é o fato do Banco Itaú se valer da imagem de Gil no transcorrer do julgamento do assassino de Jonas e da negação pelo banco de co-responsabilidade por um ato cometido em seu interior por um prestador de serviço.
É uma forma indigna e desrespeitosa com a opinião pública por uma empresa que possui entre seus clientes milhares de negros e negras. Além de desrespeitar a figura que Gil representa como homem público consciente de sua identidade negra e solidário das causas sociais.

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