7.2.11

O Bom, o Mau e o Feio

O Bom, o Mau e o Feio. Para o bom entendedor poucas palavras bastam.




Em sequencia a Veja apresentou as duas capas: Luciano "Bonzinho" Hulck e Fernandinho "Mau" Beira Mar. Para o papel do Feio foi escolhido o Luis Carlo Gá, designer e militante negro que ousou "peitar" um grupo de produtores de cultura negra que excluiram de suas mesas temáticas as mulheres negras como palestrantes. 

O "ato falho" de exclusão das mulheres nas mesas temáticas gerou um forte protesto protagonizado por mulheres negras reunidas no grupo "Acordo de Damas" do Rio de Janeiro e outras militantes negras de diversas regiões e países através do Facebook. O grupo local compareceu ao Seminário - Inserção e Realidade do negro - de título pomposo e descontextualizado, no mínimo pelo ato falho da produção, promovendo uma verdadeira "intervenção" no melhor estilo da militância dos anos 70 alterando a programação com a exigência de que mulheres negras compussessem a mesa. Em manobra sobre um acordo prévio entre o Gá dos membros (masculino) do grupo -contestador feito com Haroldo Costa, um dos produtores, o ator-produtor Milton Gonçalves fez um apelo à platéia para que escolhesse outro nome diferente do acordado. Foi escolhida entre os presentes a professora Dulce, Presidente do COMDEDINE - Conselho para o Desenvolvimento e Direitos do Negro do Município do Rio de Janeiro. A partir daí o Seminário adquiriu uma composição menos machista porém marcado pela insatisfação prolongada da produção e de membros da mesa que protagonizaram cenas de provocações e agressões verbais mais ou menos dissimuladas contra as manifestantes. O designer Gá entrou na berlinda por ter feito diversos cartazes cômicos alusivos ao evento e numa telefonema desaforada por um dos integrante de uma das mesas foi denominado o Feio. Além disso, os shows apresentados pelo Festival Afro na Teatro SESC Ginástico no centro do Rio de Janeiro foram excelentes e gratuitos bem como as oficinas culturias realizadas no Palácio do Catete. Depois do furdúncio do Seminário acredita-se que as mulheres negras não serão mais esquecidas por qualquer produção cultural em que se pretenda discutir a "inserção do negro na realidade", ficou a lição da militância.


Cartaz do designer Luiz Carlos Gá ironizando os equívocos ditos no Seminário do Festival Afro.

Fontes: cartaz publicado no Facebook, Blog do Miro e Blog Lado B

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