6.12.13

Mandela para sempre ser lembrado

Mandela faleceu nessa quinta feira em sua casa em Pretória na África do Sul aos 95 anos.



A mídia hegemônica, até chega a tratar Mandela de forma merecida rendendo-lhe homenagens e fazendo referências à sua vida dedicada ao combate ao racismo. Mas, isso não deixa de soar como ironia e algum escárnio, sobretudo no nosso país. Na televisão ao assistirmo uma telenovela, a um programa humorístico ou de variedades ou como mais uma vez, a mensagem de fim de ano da Rede Globo, aí, temos a impressão de que vivemos num outro país, diferente daquele mostrado na tv, um país em que Mandela se aqui vivesse estaria em luta constante contra o racismo que vigora e tão danoso e cruel como o apartheid, outrora vigente na África do Sul. E que aqui, por sua peculiaridade, soube manter-se praticamente, inamovível, salvo pela recentes cotas raciais que fornecem um mínimo de reparação aos desiguais históricos. Contudo, a polícia e a política cotidiana seguem produzindo "Amarildos", "baianos" e vítimas anônimas nos bairros de maioria negra sem que a mídia e boa parte da sociedade se sinta incomodada com essa violência. Com o pudor moralista que se manifesta nessa hora, saudar Mandela é algo como se costuma dizer ou praticar por esses setores sociais quando provocados a manifestar-se sobre o racismo e exibem seu "amigo" negro, o gosto pelo samba e quando não cinicamente, afirmam a democracia racial ou atribuem aos negros a culpa de sua condição desigual. Produzimos apenas heróis anônimos entre vítimas e sobreviventes ao massacre diário do racismo brasileiro.

Complemento o comentário com a sucinta referência de Silas Ayres publicado em seu mural no Facebook  ao ícone Mandela:

Mandela virou uma unanimidade mundial. Então, é bom relembrar quem foi ele:
1) Era comunista
2) Defendeu aluta armada como forma de luta contra o regime racista da África do Sul.
3) Foi durante 27 nos um preso político e não um político preso.
4) Defendeu a democracia sem adjetivos.
5) Defendeu a ideia de um país justo, livre e onde todos fossem iguais.
6) Soube quando parar. Ao invés de se agarrar ao poder como uma craca no casco de um navio, deixou o governo e foi namorar.
7) Foi o maior líder anti-racista do mundo.

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