17.6.08

Com a mão na massa e o dedo no gatilho

Uma patrulha do exército brasileiro resolveu surpreender o Governo Lula produzindo numa época de democracia formal uma aliança inédita de sua insígnia oficial militar entregando para justiçamento três jovens para uma quadrilha rival a da comunidade que patrulham no centro do Rio de Janeiro.

Manifestação de moradores do Morro da Providência em frente ao Comando Militar do Leste num ato jamais ousado por qualquer movimento social ou político.
Um fato que traz mais uma vez à pauta social e à mídia a questão da violência das polícias do Estado executando ou promovendo ações de extermínio contra a população justificadas como combate ao crime.

No caso dos três adolescentes a causa alegada foi "desacato a autoridade policial militar" motivo da detenção e condução a uma unidade militar e liberação pelo comandante, mas, que a despeito da lei, a patrulha composta por um tenente, três sargentos e sete soldados decidiu entregar como vingadores os jovens a seus algozes de uma quadrilha narco-traficante. E da maneira mais vil que puderam assassinaram e jogaram os seus corpos num lixão.

Os três jovens do morro da Providência entregues pela patrulha do Exército a narco-traficantes
Os jovens presos pela patrulha do exército e entregues para serem executados foram David Wilson Florêncio da Silva, 24, Wellington Gonzaga Costa, 19, e Marcos Paulo da Silva, 17, a "limpeza" e desova dos cadáveres coube aos traficantes do morro da Mineira pertencentes à ADA (Amigos dos Amigos), facção rival do CV (Comando Vermelho), que domina a Providência.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u413244.shtml

Exemplo da imprensa que trabalha a favor da violência contra o banditismo e ao mesmo tempo legitima a violência do Estado contra a população pobre e indefesa.
O morro da Providência é um dos mais antigos da cidade do Rio de Janeiro abrigou em 1897 os soldados que vieram do massacre de Canudos no sertão da Bahia também promovido pelo Estado contra uma população rebelada.

Hoje a justificativa da presença do exército é a realização do projeto do Senador Crivela chamado Cimento Social para reforma de algumas residências realizadas pelo próprio exército e trabalhadores moradores da comunidade.

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